10/11/2005

TRADUZINDO O ECONOMEZ

   

 

Movimento de Trabalhadores

 

Nos comprometemos no início em trazer dados, fruto de nosso trabalho e experiência, o que fazemos nesta breve coluna.

Estavam trabalhando no final de setembro, em Bento Gonçalves, segundo o CAGED, 28.419 trabalhadores com carteira assinada, inclusive funcionários públicos vinculados à previdência social (não estão considerados aqui os empregados domésticos). De janeiro a setembro deste ano, foram admitidos 9.408 trabalhadores e demitidos 9.004, sobrando um saldo positivo de 340 novos empregos, divididos em 8.627 estabelecimentos.

Outro dado relevante que nos faz refletir, é a movimentação das admissões e demissões neste ano, que representa aproximadamente 33% de população itinerante, agravando em muito a rotatividade.  Os salários médios neste mês de setembro em relação ao período de 36 meses atrás, diminuíram nominalmente em torno de 12%, sem considerar a inflação do período.

Em pesquisa aleatória realizada, verifica-se que as empresa, no propósito de reduzir seus custos, estão no processo de substituição de funcionários antigos por jovens, recém formados ou em vésperas de conclusão, que embora sem experiência, possam trazer nova energia, inovação e quem sabe, até um pouco de ousadia na solução de seus problemas – alguns crônicos. Sangue novo como se diz, tem demonstrado resultado positivo, na medida em que os resultados foram desvinculados de vícios antigos, principalmente de relacionamento interpessoal nas organizações com maior volume de trabalhadores.

O levantamento nos apontou também que a tarefa de treinar e capacitar jovens sem nunca terem trabalhado, tem sito o norte das empresas de médio e pequeno porte, deixando os especialistas para as grandes organizações, que de certa forma, tem outras exigências. Pelas necessidades apontadas, faltam trabalhadores em Bento Gonçalves com um grau de conhecimento compatível com a necessidade empresarial e essa quantidade de conhecimento necessária é bem superior às exigidas em relação há dez anos atrás.

Isso equivale dizer que a metodologia do ensino mudou e a quantidade dos conteúdos programática também mudou e que o trabalhador multidisciplinar e com múltiplas habilidades é o escolhido. Para o jovem, falar inglês e dominar operações de informática já está sendo incorporado ao seu currículo. Agora, falar e escrever corretamente, se relacionar e demonstrar pro-atividade no seu labor, já fazem parte de outro cardápio.

 Noticiou-se nesta semana o vestibular para o curso de Engenharia Mecânica no CARVI. Faculdades na área tecnológica serão o diferencial do futuro, mas isso será assunto para outro dia. Resta agora tão somente, o registro para que acompanhemos para os próximos anos, os efeitos positivos deste curso.

 

 

Enio Gehlen – Economista e Contador
GEHLEN CONSULTORES
http://www.gehlenconsultores.com.br

 

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